sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Será que somos tão poucos?

Os estudantes da UFSJ neste ano encontram-se cada vez mais mobilizados com o intuito de reivindicar uma universidade que tenha condições dignas de estudo. Entretanto, vemos que a reitoria curiosamente discute a resistência estudantil, com o ínfimo argumento que apenas algumas cabeças dirigem a opinião do alunado; diante da estrutura precária encontrada para os estudantes da UFSJ, será que nossa causa é defendida por tão poucos assim? Somos considerados poucos porque lutamos pela voz estudantil? Por desejarmos uma UFSJ referenciada socialmente? Por não sermos partidários do espírito individualista burguês, que não representa o que entendemos por democracia? Por sermos solidários pela causa popular? Por ter, como única ferramenta para que se faça valer um diálogo efetivo, a mobilização social? Porque queremos salas de aula? Porque lutamos por um Restaurante Universitário? Porque queremos mais laboratórios na UFSJ? Por sermos o único movimento estudantil no Brasil que dialoga democraticamente com a base dos estudantes?

Quem pode contestar que somos poucos? A reitoria, que inaugurou apressadamente um campus sem as mínimas condições para que os estudantes dos cursos de Farmácia, Medicina, Enfermagem e Bioquímica possam realizar o seu trabalho com dignidade? Que manipula o jornal da universidade, emitindo neste somente os “grandes feitos” da atual administração? Que prometeu uma assistência estudantil, com R.U e moradia para o primeiro semestre do ano que vem e certamente não irá cumpri-la ( é só perguntarem se há alguma pilastra levantada para a construção dos apartamentos e do nosso R.U aqui em algum local da cidade)?

Creio que a luta pela voz dos estudantes jamais foi tão reivindicada por estes na nossa instituição ; cada vez mais precisamos nos unir para sermos escutados; 2008 mostrou-nos que a batalha pela dignidade estudantil em 2009 será ainda maior; nosso interesse não tem rosto, não é de um ou dois, mas de todos aqueles que lutam por uma UFSJ popular.

André Luan Nunes Macedo