segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sejam bem vindos...

Os discentes dos cursos de Enfermagem e Medicina declaram com essa postagem a satisfação pela contratação/efetivação dos professores que ministrarão aulas nos quatro cursos do Campus Centro-Oeste Dona Lindu. Lembrando que o edital para essas contratações foi aberto no dia 21 de novembro, às vésperas da Reunião do CONSU - onde as reivindicações dos grevistas foram aprovadas, incluindo a abertura deste edital - para novas 40 vagas para docentes, sendo estranho este número, pois foram prometidos que abririam 44 vagas. Hoje o campus conta com um corpo docente de 14 efetivos (7 para Bioquímica e Farmácia, 5 para Enfermagem e 2 para Medicina) e 8 substitutos (2 para Bioquímica e Farmácia, 1 para Enfermagem e 5 para Medicina). Dentro desse quadro de efetivos, 4 já estão com processo de remoção para outras instituições de ensino superior finalizados, e a partir do dia 1º de janeiro já não fazem parte do corpo docente da UFSJ. Portanto, os novos professores chegam em um momento muito importante e essencial para que os cursos consigam receber os novos alunos.

Até o momento foram preenchidas, ou melhor, foram aprovados 23 docentes.

Abaixo está a relação de aprovados e sua respectiva área de atuação:

- Síntese Orgânica (2 vagas)
José Augusto Ferreira Perez Villar (http://lattes.cnpq.br/9372446224334380)
Gustavo Henrique Ribeiro Viana (http://lattes.cnpq.br/4621416767523365)

- Modelagem Molecular e Quimiometria (1 vaga)
Beatriz Alves Ferreira (http://lattes.cnpq.br/3762418619073652)

- Química de Macromoléculas (2 vagas)
Paulo Afonso Granjeiro (http://lattes.cnpq.br/3487127981793274)
José Antônio da Silva (http://lattes.cnpq.br/1630100878492432)

- Bioinorgânica (1 vaga)
Luis Fernando Soares (http://lattes.cnpq.br/6620664028434195)

- Atenção Farmacêutica / Farmácia Clínica (1 vaga)
Mariana Linhares Pereira (http://lattes.cnpq.br/5451495634201582)

- Biologia Celular / Biologia Molecular (2 vagas)
Fábio Vieira dos Santos (http://lattes.cnpq.br/2220552693374204)
Rosy Iara Maciel de Azambuja Ribeiro (http://lattes.cnpq.br/2822153594148981)

- Enfermagem – Saúde Da Criança/Adolescente Ecologia (1 vaga)
Márcia Christina Caetano de Souza (http://lattes.cnpq.br/4042025862199765)

- Enfermagem – Saúde da Mulher (1 vaga)
Virginia Junqueira Oliveira (http://lattes.cnpq.br/8439342164992079)

- Enfermagem – Saúde do Adulto/Idoso - Classe Assistente (2 vagas)
Tatiane Prette Kuznier (http://lattes.cnpq.br/5623159749547755)
Hosana Ferreira Rates (http://lattes.cnpq.br/5078007391564919)

- Medicina: Subárea Saúde Coletiva (2 vagas)
Cláudia Di Lourenzo Oliveira (http://lattes.cnpq.br/9001713251226113)

- Medicina: Subárea Clínica Médica (1 vaga)
Américo Calzavara Neto

- Medicina: Subárea Infectologia (2 vagas)
Rosângela Franco Guedes Ferreira
Gustavo Machado Rocha (http://lattes.cnpq.br/3580645164828965)

- Medicina: Subárea Neurologia (1 vaga)
Jairo Batista Netto

- Medicina: Subárea Cirurgia (1 vaga)
João Marcos Arantes Soares (http://lattes.cnpq.br/2002161656882142)

- Patologia (1 vaga)
Michele Conceição Pereira (http://lattes.cnpq.br/3666112613678895)

- Saúde Mental (1 vaga)
Marcelo Dalla Vecchia (http://lattes.cnpq.br/0430954960098492)

- Anatomia Humana (2 vagas)
Orlando Barreto Zocratto (http://lattes.cnpq.br/6904591773227743)
Denny Fabrício Magalhães Veloso (http://lattes.cnpq.br/4682506104804095)

Diante desses nomes, nós da UFSJ CCO, damos as boas vindas aos professores e que juntos possamos construir um exemplo de Instituição de Ensino Superior, com empenho e respeito pelo ensino de excelência. Estaremos sempre juntos, e nunca poderemos deixar que interesses particulares e "caprichos" se sebreponham aos interesses do coletivo. Estamos nos tornando cúmplices de uma medida ousada da administração da universidade que foi essa expansão para Divinópolis e, portanto, devemos zelar pelo bom andamento e pelo respeito mútuo.

Obs: Nos sentimos tristes e insatisfeitos com a falta de docentes para completarem o corpo, nas áreas: Medicina: Subárea Pediatria (2 vagas), Medicina: Subárea Patologia Cirúrgica/Citopatologia (1 vaga).
Mas temos certeza que a executiva da universidade não poupará esforços para completar essas vagas, as quais são de grande importância para o bom andamneto dos cursos. Já em relação as outras vagas, esperamos a finalização dos concursos.

...CONTINUA...

Camaradas de Lutas...




De cima para baixo e da esquerda para a direita:

Heider, Louise, Gustavo, Jorge, Mariana Nunes, Severino, Mariana Diniz, Cyrcia, Bruna Costa, Samantha, Samuel Viana, Larissa, Leonardo, Paula, Celso, Priscilla Oliveira, Mara, Marco Túlio, Mariana Gontijo, Sayonarah, Abiqueila, Paulo, Camila, Roniere, Marcos Vinicius, Natalia, Bruno Brandão, Mariana do Nascimento, Henrique, MACACO, Bernardo, Nicole, Pedro, Iargo, Marcella Ferreira, Hygor, Francielly, Daniel, Bruna, Viviane, Guilherme, Cintia, João Victor, Diego, Fábio, Bruna Lara, Lívia, Pedro, Samuel Barroso, Isadora, Laura, Luis Gustavo, Letícia, Ana Luiza, Karen, Stela, Camila Souza, Cláudio, Marcela Mendes e Simone.


A Universidade Federal de São Joao del Rei agradece o esforço, a luta, a garra, a determinação, o empenho e a confiança daqueles que um dia acreditaram que o Campus Centro-Oeste Dona Lindu SERÁ uma referência nos cursos da Bioquímica, Enfermagem, Farmácia e Medicina.

E àqueles que não estão na foto, sejam da UFSJ ou não, o nosso MUITO OBRIGADO!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Agradecimentos

No dia 10 de dezembro de 2008, exatamente 43 dias após sua deflagração, a GREVE estudantil dos discentes de Enfermagem e Medicina da Universidade Federal de São João Del Rei foi formalmente encerrada.
Após muitas lutas, conversas e negociações os alunos e a administração da universidade chegaram a um acordo, que cremos ser de interesse de ambas as partes.
As novas turmas entrarão, porém, terão a realidade bastante diferente da primeira. O terceiro piso está em reformas e as aulas do primeiro semestre letivo somente terão seu início com a condição dele estar pronto. Os próximos prédios – um abrigando salas de aula e laboratórios e o outro biblioteca e anfiteatro – já estão em estágio de finalização das licitações, e o condicionante para as aulas da segundo semestre letivo de 2009 começar é o término dessas obras.
Os currículos estão em processo de reformulações. Enfermagem conta com consultoria da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) e a Medicina, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Lembrando que eles serão aprovados pelo CONEP, porém em caráter provisório, já que teremos a liberdade de trabalharmos nele por mais algum tempo até que se consiga algo realmente condizente com a realidade e demanda dos alunos da IES e da comunidade divinopolitana. Enquanto que os editais de contratação de professores, abertos após o início da greve, estão em curso e finalizam nos próximos dias.


Ao CONEP e CONSU

Agradecemos aos dois conselhos da UFSJ pelo empenho em tentar solucionar os problemas e tentar fazer com que os erros do passado fossem minimizados.
A abertura do campus em Divinópolis foi indiscutivelmente uma irresponsabilidade da universidade, visto que os problemas existentes poderiam ter sido evitados com mais alguns meses de planejamento e organização.
Pedimos desculpas por algum ato que possa ter sido interpretado com hostil, feito pelos alunos dentro da reunião do CONEP. Ficamos indignados com a maneira como trataram nossa presença lá dentro e como fomos interpretados em nossas falas e ações por alguns conselheiros. Mas temos a consciência de que não passou de um mal entendido e que as pessoas que se sentiram desrespeitadas hoje entendem como o alunado de Divinópolis se sentia perplexo com a condição do campus, por isso levando as discussões a tons mais acaloradas e expressões um pouco “exageradas”. Temos certeza de que ninguém fez por maldade, no entanto o campus infelizmente ao ser aberto, da maneira como Foi, realmente feriu algumas leis, resoluções e portarias – Portaria 147, de 2 de fevereiro de 2007; Resolução CNE/CES nº 4, de 7 de novembro de 2001; Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, de 14 de março de 2008; Lei nº 9394 das Diretrizes e Bases – concluindo assim que o funcionamento não estava totalmente de acordo com o que se é exigido por instâncias superiores do Estado, como os Ministérios da Educação e da Saúde. E pedimos encarecidamente aos conselheiros que daqui em diante zelem pela continuidade dos trabalhos e pelo currículo que será discutido dentro dos espaços do conselho.
Em relação ao CONSU agradecemos a recepção aos alunos durante a reunião, não distorcendo em nenhum momento as nossas ações e legitimando nossa pauta de reivindicações por consenso, trazendo a responsabilidade das melhorias pra si. Hoje estamos bastante otimistas em relação ao futuro do Campus Dona Lindu, esperando que o que foi prometido seja realizado no prazo determinado o que engrandecerá e muito os cursos de Enfermagem, Medicina, Bioquímica e Farmácia.
Enfim, cada um dos conselheiros teve sua oportunidade de ajudar o Campus Centro-Oeste Dona Lindu, mesmo que alguns tenham entendido mal nosso objetivo, ou não entenderam, não fizemos um movimento desorganizado. Tivemos embasamentos jurídicos e não sofremos, em nenhum momento, influências partidárias, foram apenas auxílios à organização do movimento estudantil – temos personalidade – somos um grupo organizado, cientes dos nossos direitos e não admitimos que nossas ações sejam interpretadas de maneira equivocada. Consideramos que houve erros, mas algumas informações foram distorcidas com o intuito de denegrir nossa imagem.
Somos educados, inteligentes e conscientes de que temos que agradecer os responsáveis pelas nossas conquistas e convido a todos os conselheiros (CONEP e CONSU) da instituição a nos fazer uma visita em breve para observar a evolução do campus, que se tornará em futuro próximo, assim esperamos, em uma referência nacional dentro de cada curso e também ajudando Divinópolis a se aperfeiçoar na referência que é na área da saúde, na nossa macro-região e em Minas Gerais.


Aos Alunos e Entidades

Desde os primeiros dias de greve até o final, contamos com a presença de várias pessoas, que não fazem parte da UFSJ, para ajudar na organização do movimento.
Ao Diretório Central dos Estudantes da UFSJ obrigado pelo apoio, pela vinda de alguns representantes de São João Del Rei até Divinópolis para mostrar caminhos, já que possuem vasta experiência com a gestão atual da reitoria. Agradecemos também pela hospedagem durante os dias em São João, quando buscávamos falar com o reitor. E para, além disso, nos colocamos à disposição para possíveis problemas e movimentações na cidade sede da UFSJ para apoiar e mandar representantes para participar de nossas discussões. A universidade é a mesma, portanto, o movimento estudantil também é um só. Estaremos juntos sempre.
Ao Diretório Central dos Estudantes da UFMG obrigado pelo apoio, pela vinda de alguns representantes e por ter nos possibilitado uma ida até Brasília. Foi fundamental suas idéias quanto a movimento estudantil, sendo muito engrandecedor para todos nós contar com seu apoio.
Ao Conselho Municipal de Saúde que conseguiu entender nossa situação e emitiu aos alunos uma moção de apoio à greve, obrigado.
Às executivas de cursos, ENEEnf (Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem) e DENEM (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina) que nos enviaram moções de apoio e representantes para nos instruir e mostrar como é a realidade desse cursos em nosso país, os nossos agradecimentos e cumprimentos.

Agradecimentos pelo envio de moções de apoio de entidades de todo Brasil:

- CAOC: Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da Faculdade de Medicina Universidade de São Paulo - USP;
- CAAL: Centro Acadêmico Adolfo Lutz da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP;
- CAMSA: Centro Acadêmico de Medicina Sérgio Arouca da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar;
- Centro Acadêmico XII de Maio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC;
- CALMED: Centro Acadêmico Livre de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP;
- DAGV: Diretório Acadêmico Gaspar Vianna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM;
- CAPS: Centro Acadêmico Pirajá da Silva da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual de São Paulo – UNESP;
- Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF;
- Centro Acadêmico de Medicina de Cajazeiras XVI de Junho da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG;
- DAMAR: Diretório Acadêmico Maria Andrade Rezende da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG;
- CARL: Centro Acadêmico Rocha Lima da Faculdade de Ciências Médicas de Ribeirão Preto – USP;
- Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Uberlândia – UFU;
- DADU: Diretório Acadêmico Doutor Domingos Pimentel Ulhôa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia - UFU;
- Diretório Acadêmico Telma Maciel da Faculdade de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Betim – PUC;
- Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM;
- Diretório Central da Universidade Federal de Viçosa – UFV;
- Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia;
- Diretório Acadêmico do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG;
- Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais;
- MAB: Movimento dos Atingidos por Barragens;
- Coletivo Ciranda da Liberdade – Medicina UFMG;
- ABEEF: Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal.


Conclusões

Finalizamos esses agradecimentos concluindo que o movimento estudantil em Divinópolis está ganhando respeito e reconhecimento e estará sempre disposto a lutar pelo ensino público de excelência. Os cursos de Enfermagem e Medicina mostraram nessa greve que podem caminhar muito bem juntos e podem unidos transformar a rede de saúde de Divinópolis em referência e temos certeza de que isso irá ocorrer. Nosso objetivo agora é lutar por uma rede escola consolidada e não iremos poupar esforços para conseguir nosso hospital-escola, seja ele o São João de Deus e/ou um novo Hospital Público, consideramos isso essencial para um saldo muito significativo na saúde de Divinópolis.

Ao povo divinopolitano nossas desculpas pelos incômodos e excessos. Não estamos aqui para brincar com a saúde de vocês e sim estamos lutando para que vocês tenham o melhor. Estamos dispostos a lutar junto com vocês contra os mal intencionados políticos que possam existir na região e apoiar junto com vocês também os que estiverem dispostos, realmente, a ajudar.

Como foram tantas as pessoas que nos ajudaram, nos desculpem se aqui faltaram algum nome ou entidade. Mas nos mandem e-mails reclamando estaremos abertos ao diálogo e à críticas.

Elaborado pelos discentes dos cursos de Enfermagem e Medicina.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

FIM

Após o reconhecimento da legitimidade da pauta de reivindicações dos discentes dos cursos de Enfermagem e Medicina pelo CONSU e, sobretudo, devido à palavra do magnífico Reitor de tomar todas as medidas necessárias para a concretização das obras no tempo previsto, os alunos comunicam o fim da paralisação das atividades estudantis a partir da zero hora do dia dez de dezembro de 2008.
Os discentes dos cursos citados, mesmo tendo sido negado o acréscimo de um período em cada curso (conforme documento entregue pela reitoria aos alunos), acreditam que esse evitaria qualquer prejuízo na formação acadêmica desses alunos, já que conforme o novo currículo existe um atraso de 22 semanas. Infelizmente, mesmo sempre prezando pelo ensino público gratuito e de qualidade, a universidade privou os alunos da primeira turma dos dois cursos de muitos estágios de férias. Muitos estudantes teriam oportunidades ímpares de, durante as férias de fim de ano, estagiar em hospitais, em clínicas, em laboratórios, em vivências com outras realidades sociais (EIVs – Estágios Interdisciplinares de Vivências) e até em intercâmbios internacionais (EUA, Cuba etc.). Ao negar a extensão dos cursos, a reitoria acumulou as 22 semanas necessárias para adaptar os novos currículos, nos anos ainda restantes de curso. Aulas em 2009 e 2010 terão início na segunda semana de janeiro e finalizando em meados de julho, portanto, carga horária muito maior que as próximas turmas. Isso pode parecer muito bom, mas visto que somente acontece por culpa da administração da universidade que não zelou pelo melhor dos cursos, adquirindo um currículo de São Carlos que definitivamente não foi implantado da maneira eficiente e os alunos pagam agora pelos erros da própria executiva da UFSJ.
Desde o início da greve, 29 de outubro de 2008, o movimento estudantil da UFSJ buscou alcançar metas que proporcionassem um ensino de excelência. Nossos pedidos foram embasados nos três princípios básicos de qualquer Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão. Evidentemente que a estruturação do terceiro andar, a construção do segundo prédio e a edificação do ambiente o qual abrigará a nova biblioteca e o anfiteatro melhorarão em muito a estrutura dessa Universidade, no entanto as tradições dessa Instituição exigem cada vez mais melhorias com o intuito de proporcionar um ensino de qualidade para todos. Além disso, é fundamental a aquisição, visando o início do próximo semestre letivo, das referências bibliográficas exigidas pelo novo currículo em número suficiente para suprir a demanda.
Conforme solicitado pelo Magnífico Reitor, foram eleitos dois alunos – um de Enfermagem e um de Medicina - para acompanhar as negociações da implantação do Hospital Universitário. Acreditamos que o convênio com o Hospital São João de Deus a curto prazo possibilitará que os acadêmicos de enfermagem exerçam as práticas previstas a partir de 2010, contudo temos ciência que a melhor opção para a UFSJ é a construção do Hospital próprio. Isso se faz necessário como forma de favorecer a autonomia da instituição e precaver-se da resistência por parte de alguns profissionais do hospital referido anteriormente.
Por se tratar de um ato extremo e de enorme desgaste para todos os lados, devemos trabalhar incessantemente para que medidas legítimas, como a greve, não se façam necessárias novamente.

Elaborado pelos discentes dos cursos de Enfermagem e Medicina.
Divinópolis, 9 de dezembro de 2008.

(10/12/2008) - Saúde, educação e cidadania

Helvécio Luiz Reis Reitor da UFSJ

"A educação e a saúde costumam caracterizar-se por uma espiral infinita, em que o atendimento de determinada demanda gera, quase imediatamente, uma nova demanda. A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) tem vivenciado essa realidade ao longo de seus quase 22 anos e passou a percebê-la mais nitidamente desde que iniciou a implantação de seu campus em Divinópolis, no qual funcionam os cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Bioquímica.

A escolha da região Centro-Oeste do Estado deveu-se à sua performance socioeconômica. Vivem nela 1,12 milhão de habitantes, a maioria em áreas urbanas (mais de 96%). Os dados disponíveis indicam que o perfil educacional vem melhorando em ritmo mais acelerado do que os indicadores de saúde, apesar dos esforços empreendidos pelos diversos níveis de governo.

Divinópolis, município-pólo da região, com mais de 200 mil habitantes, tem 41 estabelecimentos públicos de saúde, três hospitais e 16 serviços especializados. Mas não dispõe de infra-estrutura e de profissionais de saúde em número suficiente para atender à demanda que polariza.

Ao se estabelecer na região, o campus Centro-Oeste Dona Lindu dá uma resposta ao mesmo tempo necessária e ousada a esse desafio, porque já tem viabilizado o debate em torno de alternativas capazes de minimizar os problemas de infra-estrutura na área de saúde, como a construção de um novo hospital, público, a ser administrado pela UFSJ, ou o aumento de investimentos na estrutura atual do maior hospital de Divinópolis, o São João de Deus; e, se os desafios da educação por si só são imensos, quando se persegue intransigentemente a oferta de ensino público gratuito e de qualidade, como tem feito a UFSJ, tornam-se ainda mais exigentes em um panorama de exigências simultâneas da educação e da saúde, em que são mais rigorosos os requisitos de qualidade na formação de médicos e enfermeiros preparados para atender às necessidades da saúde coletiva. Nossos alunos de Medicina e Enfermagem estão inseridos na prática profissional desde o início do curso, por meio da atuação integrada ao Programa Saúde da Família (PSF).

Vemos com naturalidade que um processo de consolidação de projetos educacionais pautados por essas características seja acompanhado de incertezas e dificuldades, entre as quais não se deve ignorar o alinhamento de forças contrárias à expansão de ensino público de qualidade. O clima acalorado dos debates em torno dos rumos da UFSJ e de seus projetos de educação em saúde tem sido benéfico para a sua consolidação, tendo como construtores os alunos, professores e servidores técnico-administrativos.

A UFSJ está convicta da importância do projeto e irá conduzi-lo a bom termo, com muita serenidade e dedicação. Para isso, promove a contratação imediata de 44 novos professores e de outros 86, a partir de janeiro; a reforma do terceiro pavimento do prédio (R$ 488 mil); a licitação das obras de dois novos prédios, um para salas de aula e laboratórios (R$ 2,4 milhões), e outro para a biblioteca (R$ 2,2 milhões); além de investimentos em equipamentos e materiais de laboratório (R$ 800 mil) e em novos livros (R$ 700 mil), e ainda a contratação de consultoria externa especializada para os cursos, já efetivada."


Artigo publicado na Editoria de Opinião do Jornal Estado de Minas, 10 de dezembro de 2008


Realmente a GREVE obteve muitos resultados!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

APELO dos alunos!!!




Esta é a imagem da perseverança e da luta contra as desigualdades sociais.

Na foto está a mãe de um dos maiores nomes da política pública do nosso país: Dona Lindu, mãe de Luis Inácio Lula da Silva.

A cidade de Divinópolis e a Universidade Federal de São João del Rei receberam do governo federal um campus avançado para implantação de cursos da área da saúde. Como forma de agradecer o presidente da República a admistração da universidade e da cidade decidiram homenagear o Presidente Lula nomeando o campus de Divinópolis como Campus Centro-Oeste DONA LINDU .

Há alguns meses, na inauguração do campus, que contou com a presença de muitos políticos da região, empresários e pessoas importantes, o quadro com a pintura de Dona Lindu foi exposta nas dependências do campus. Porém, essa pintura desapareceu.

Por algum motivo essa obra de arte não está sendo exposta hoje e segundo informações ela deveria ser afixada na sala da diretoria, porém lá não se encontra.

Os discentes da UFSJ/Divinópolis fazem um apelo para que a obra seja novamente exposta, ou seja afixada na direção e saia do almoxarifado.

Por favor: onde está a Dona Lindu?? Ou melhor, a pintura dela.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Resumos dos útimos dias!!!



No dia 29 passado, completou 1 mês a nossa GREVE.
Muitas foram as conquistas:
1. Conseguimos garantir que no ano de 2009, nós alunos já presentes em Divinópolis e os próximos 200 que ingressarão no início do ano tenha condições dignas de ensino. As aulas só se iniciam quando novas salas de aula estiverem prontas, novos laboratórios estiverem em pleno funcionamento e novos profesores estiverem contratados e capacitados;
2. Conseguimos também que o segundo semestre de 2009 se inicie apenas quando a segundo prédio do campus esteja finalizado. Ele abrigará mais salas de aula e laboratórios básicos para o bom funcionamento dos cursos de Enfermagem e Medicina, como Anatomia, Técnica Cirúrgica e Farmacologia;
3. O curso de Enfermagem, que passa por sérios problemas de projeto curricular, conseguiu por negociação entre a reitoria da UFSJ e da UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas) uma consultoria da coordenadora do curso de lá - que é um dos melhores do país - para auxiliar na estruturação e implantar o novo projeto;
4. O curso de Medicina já contava com a presença de uma consultora da UFMG e seu projeto curricular já está em fase de finalização, com presença dos professores da casa e de alguns alunos;
5. Na próxima semana esses projetos pedagógicos serão aprovados no CONEP (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) em caráter provisório, ou seja, ele poderá ser modificado dentro de um determinado tempo, de acordo com a demanda dos alunos, dos novos professores e da comunidade divinopolitana;
6. O edital para contratação de mais 24 professores para Enfermagem e Medicina já foi aberto e se encontra no site da instituição: http://www.ufsj.edu.br/portal-paginas_tematicas/12.25.302.401.500.php;
7. As obras do terceiro piso do campus estão sendo feitas e a licitação do segundo prédio sairá nos próximos dias. Mas ainda são promessas, já que não são encontradas no site da universidade as licitações das obras e montagem dos laboratórios e salas;

Concluímos que nossos esforços não foram em vão, e que com a mobilização estudantil em Divinópolis, que obteve repercussão nacional, obteve muitos ganhos. Porém, a executiva da universidade se recusa a assumir isso publicamente e tenta em todas as instâncias públicas minimizar o nosso movimento de GREVE.

Os diretores do campus de Divinópolis, foram ao Conselho Municipal de Saúde, o qual já manifestou seu apoio aos estudantes inclusive com o envio de uma moção de apoio, tentar fazer com que o conselho mude de opinão e repudie os grevistas. Alegaram que tudo está em pleno funcionamento e em plenas condiçoes de ensino, e as obras em andamento para receber os novos alunos. Mas, inexplicavelmente se negaram a assinar um documento que dizia que tudo que os alunos reivindicaram estava sendo feito. Porque não assinaram se realmente tudo está em andamento?? É tão difícil assim assumir que alunos podem ter razão no que dizem e fazem?? Vamos deixar de hipocrisia, vamos trabalhar juntos por um ensino de qualidade em Divinópolis!!!

E ainda foram na câmara de Vereadores de Divinópolis repudiar o movimento, sempre alegando condições adequadas.

Será mesmo que aproximadamente 100 alunos de enfermagem e Medicina, os quais foram aprovados em um vestibular de escola federal, não entendem o que é ter condiçoes adequadas de ensino?? Ou a executiva não quer dar "o braço à torcer" e reconhecer o ERRO que cometeram, ou realmente não coseguem reconhecer que está ERRADO por falta de conhecimento técnico simples da área de saude.

Vamos continuar lutando por um ensino superior de qualidade e tentaremos mostrar a todos que tínhamos razão. Vamos até as últimas consequências, custe o que custar.

"Das ruas, das praças, a gente não saiu. Aqui está presente o MOVIMENTO ESTUDANTIL!"

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pauta de Reivindicações apresentada e legitimada no CONSU



Universidade Federal de São João Del Rei
Campus Centro-Oeste Dona Lindu

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES


Os discentes dos cursos de graduação em Enfermagem e Medicina da UFSJ, campus de Divinópolis, em greve desde o dia vinte e nove de outubro de dois mil e oito, definiram a seguinte pauta a ser apresentada ao Magnífico Reitor da UFSJ, Helvécio Luís Reis.

1. Para que o primeiro semestre letivo do ano de 2009 inicie, que nos seja garantido – com documentos assinados pelo Reitor – que as obras do 3º piso do campus em Divinópolis estarão finalizadas, os laboratórios montados e equipados, os novos professores e técnicos estejam contratados e capacitados, permitindo assim o pleno funcionamento dos espaços da Universidade, de acordo com uma nova proposta curricular;

2. Para que o segundo semestre letivo do ano de 2009 inicie, exigimos que nos seja garantido – com documentos assinados pelo Reitor – que os próximos prédios, sendo um deles com salas de aula e laboratórios e o outro com biblioteca e anfiteatro, estejam com as obras finalizadas, os laboratórios, biblioteca e anfiteatro montados e equipados, estruturados e com os técnicos para pleno funcionamento. É importante salientar que exigimos também rapidez e agilidade no estabelecimento de um convênio entre a Prefeitura de Divinópolis e a executiva da UFSJ no intuito de que haja a implementação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) como um anexo do segundo prédio;

3. Pautando-se nas questões didático-pedagógicas, exigimos:

a) Os projetos curriculares a serem aprovados na próxima reunião do CONEP devem ser de caráter provisório, sendo possível que se possa implementá-los de acordo com as demandas dos cursos e levando em conta a inclusão e participação de novos professores na sua discussão;

b) Vinculação de um núcleo de apoio pedagógico ao corpo docente da instituição, com a inclusão no edital de contratação de professores, docentes com experiência em educação nas áreas de ensino de Enfermagem e ensino de Medicina;

c) Abertura imediata do edital de contratação de professores, com a intenção de organizar os colegiados dos cursos e formar um núcleo docente para estruturar e implementar uma nova proposta curricular;

4. Exigimos que a universidade formalizasse um pedido de consultorias externas para auxiliar na elaboração dos novos projetos curriculares. Os discentes nomeiam a ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem) e ABEM (Associação Brasileira de Educação Médica) para prestarem esse auxílio;

Essa pauta foi discutida e aprovada por consenso pelos comselheiros do Conselho Universitário (CONSU) da UFSJ, órgão máximo da instituição, no dia 24 de novembro de 2008.

sábado, 22 de novembro de 2008

Uma Fábula

O colapso da expansão do Campus de Divinópolis sugere que os estudantes dessa instituição estão sendo deliberadamente enganados pela falsificação da realidade. Finalmente nossa majestade entra numa zona de perigo onde esta realidade implacavelmente reafirma-se a si própria, dissolvendo expectativas, e tudo o que resta é o odor azedo da fraude.

Este fracasso de expansão, foi baseado na idéia de que projetos não cumpridos poderiam ser transformados em dinheiro e vestidos com roupas respeitáveis — como apanhar todos os bêbados na periferia de São João, colocá-los em fatos de luxo e fazê-los passar por professores da Instituição. Foi uma vigarice claramente ridícula e o admirável é que
nossa instituição tenha escapado da regulamentação externa necessária — para não mencionar de simples decência e auto-contenção — em todas as etapas.

É realmente difícil relatar este impressionante fracasso de responsabilidades. O que aconteceu foi toda uma indústria que capitulou quanto aos seus padrões e normas que tinham no seu interior e lhe permitia funcionar no primeiro plano. Administradores da instituição cessaram de
exigir às empresas contratadas que se qualificassem para realizar os projetos; a corte da Nossa Majestade parou de se importar com o que mantinha de pé os papéis que emitiam; contratos e licitações foram empacotados e revendidos como barris de anchovas podres – em tais números que nenhuma fedorenta sardinha individual ficaria de fora – e os barris
foram comerciados para toda a linha de frente, alavancados, falsificados, burlados e trapaceados, até que, abracadabra, foram transformados em muitas construções de prédios, festas de inauguração de muito dinheiro, e muito prestígio político para nossa Majestade.

Isto funcionou para a corte de Nossa Majestade, para os trapaceiros da administração e para os executivos das pró-reitorias e os membros das suas administrações, e mesmo para os miseráveis analistas quantitativos que rastejam no amontoado de estatísticas oficiais. Isto funcionou até mesmo durante um período inteiro para estudantes seduzidos por propaganda feita em termos vergonhosamente falsos e ruinosos.

E agora? É fascinante ler os comentadores de jornais de nossa Majestade a pretenderem incansavelmente que “o pior já passou” (talvez... esperemos... dedos cruzados... ave Maria cheia de graça... et cetera). A ignorância seria divertida se não envolvesse um desastre. E agora? Devemos confrontar os donos do mercado com a tarefa de reconstruir instituições de ensino com atividades sérias, isto é, instituições reais baseadas no ensino de qualidade e público, ao invés dos fumos-e-espelhos de jogos trapaceiros como as finanças-Frankenstein. De fato, desculpe-me por comutar de metáforas mais uma vez, porque a história do Frankenstein – o novo Prometeu – ainda é outra narrativa adequada para informar-nos do que temos de fazer. Temos "brincado" com fogo perigoso e trouxemos à vida um monstro que agora pretende matar-nos. Uma pergunta que esta fábula-narrativa levanta: quando é que a multidão de estudantes raivosos assaltará o castelo com as suas tochas em chamas e gritará pelo sangue dos criadores deste monstro? De preferência em breve, penso. alvez, em alguns lugares (pode ser na nossa instituição), isto venha a assumir a forma mais ordeira dos processos sistemáticos, levando à justiça pessoas que perpetraram fraudes envolvendo a sopa de letras de "produtos" de investimento que azedou tantas contabilidades (e arruinou os sonhos dos estudantes). Penso que isto já começou com a deflagração da greve, mas há centenas de outras figuras como ele fora dali, que conseguiram bastante dinheiro em atividades que eram simplesmente grandes vigarices. Eu não ficaria surpreendido se, eventualmente, Nossa Majestade se encontrasse ele próprio no banco dos réus para responder como foi possível que, quando dirigia a instituição, houvesse se dedicado a vender a educação por interesses políticos que tão afanosamente despejava em tudo quanto era fundo de pensões sobre a terra.

Além dos processos ordenados, há a possibilidade de ações radicais. Não somos necessariamente imunes a isso aqui. Assim, a pergunta que pede mais uma vez para ser feita é: o que faremos nós? Como reorganizaremos o nosso movimento?

Mauro Costa

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Hahahaha....isso é que é piada boa!!!


Essa foto e mais algumas foram postadas no site da Universidade Federal de São João Del Rei no dia 20/11/2008, às 10:47:26, portanto, três semanas e um dia após o início da GREVE.
Essa é a prova de que a movimentação dos estudantes está surtindo efeito.
Em nenhum momento reclamamos do que temos e sim reivindicamos o que não temos. Esses manequins mostrados nas fotos (http://www.ufsj.edu.br/cadiv/lab_semiologia.php) nunca foram utilizados pelos estudantes do campus de Divinópolis. Temos conhecimento que eles são de última geração, são de alto custo e reconhecemos isso, mas gostaríamos que eles fossem disponibilizadis para as aulas serem ministradas com maior qualidade.

"O Laboratório de Técnicas e Procedimentos Médicos e de Enfermagem (Semiologia) é estruturado e equipado de modo a permitir estudos auto-dirigidos sob tutoria, consultoria ou monitoria, em áreas básicas e pré-clínicas da formação de médicos e enfermeiros. Com objetivo de facilitar a realização de procedimentos técnicos e a compreensão biológica do fenômeno saúde-adoecimento, essenciais à promoção, proteção e recuperação da saúde." Algo se desencontra da realidade e convido todos a perguntar a qualquer discente dos dois cursos se em algum momento, até o dia de hoje, teve contato e manipulou esses manequins.

"Os graduandos dos cursos de Enfermagem e de Medicina da UFSJ terão seu primeiro contato com essa disciplina no SEGUNDO SEMESTRE letivo. Será importante para que esses aprendam a avaliar o estado de saúde do indivíduo e obter subsídios teóricos e práticos do exame físico geral. Realizar verificação dos sinais vitais, obter dados antropométricos, oportunizar ao estudante a aproximação com as técnicas fundamentais do exame físico são alguns dos objetivos a serem atingidos." Nós, alunos em GREVE, já estaríamos terminando o segundo período, então porque ainda não estamos utilizando-os??? A verificação dos sinais vitais já foi ministrada pelos professores de semiologia, porém, os testes foram feitos de aluno em aluno, ou seja, os manequins não foram usados mais uma vez.

"Para o desenvolvimento das habilidades práticas destes alunos faz-se necessário o treinamento." Porque não foram disponibilizados treinamentos "para que o processo de aprendizagem ocorra de maneira natural e proveitosa"???

Os discentes dos cursos de Medicina e Enfermagem já pensam em adicionar na pauta de reivindicações o treinamento imediato para poderem utilizar o Laboratório de Técnicas e Procedimentos Médicos e de Enfermagem, já que estamos paralizados para melhorias nos cursos, e vemos nessa prática um grande ganho ao nosso aprendizado.

Para terminar, foi solicitado que informassem no site da UFSJ a GREVE dos estudantes de Divinópolis, porém, nada apareceu neste sítio da internet. Mas no mesmo dia desse pedido, foram postadas essas fotos, que além de mascarar a situação do Campus Centro-Oeste Dona Lindu, prova que a istituição utiliza de maneira parcial apenas para INFORMAR (como eles dizem ser o site) algo de seu interesse e tentando abafar o movimento grevista.

Será que somos tão poucos?

Os estudantes da UFSJ neste ano encontram-se cada vez mais mobilizados com o intuito de reivindicar uma universidade que tenha condições dignas de estudo. Entretanto, vemos que a reitoria curiosamente discute a resistência estudantil, com o ínfimo argumento que apenas algumas cabeças dirigem a opinião do alunado; diante da estrutura precária encontrada para os estudantes da UFSJ, será que nossa causa é defendida por tão poucos assim? Somos considerados poucos porque lutamos pela voz estudantil? Por desejarmos uma UFSJ referenciada socialmente? Por não sermos partidários do espírito individualista burguês, que não representa o que entendemos por democracia? Por sermos solidários pela causa popular? Por ter, como única ferramenta para que se faça valer um diálogo efetivo, a mobilização social? Porque queremos salas de aula? Porque lutamos por um Restaurante Universitário? Porque queremos mais laboratórios na UFSJ? Por sermos o único movimento estudantil no Brasil que dialoga democraticamente com a base dos estudantes?

Quem pode contestar que somos poucos? A reitoria, que inaugurou apressadamente um campus sem as mínimas condições para que os estudantes dos cursos de Farmácia, Medicina, Enfermagem e Bioquímica possam realizar o seu trabalho com dignidade? Que manipula o jornal da universidade, emitindo neste somente os “grandes feitos” da atual administração? Que prometeu uma assistência estudantil, com R.U e moradia para o primeiro semestre do ano que vem e certamente não irá cumpri-la ( é só perguntarem se há alguma pilastra levantada para a construção dos apartamentos e do nosso R.U aqui em algum local da cidade)?

Creio que a luta pela voz dos estudantes jamais foi tão reivindicada por estes na nossa instituição ; cada vez mais precisamos nos unir para sermos escutados; 2008 mostrou-nos que a batalha pela dignidade estudantil em 2009 será ainda maior; nosso interesse não tem rosto, não é de um ou dois, mas de todos aqueles que lutam por uma UFSJ popular.

André Luan Nunes Macedo

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Resultados


Nesta quarta-feira próxima, a GREVE dos estudantes de Enfermagem e Medicina da Universidade Federal de São João del Rei Campus Centro-Oeste Dona Lindu chega na sua terceira semana.
E agora iremos repassar algumas informações sobre o que a executiva da universidade já está providenciando para solucionar os problemas e sanar as reivindicações do alunado.
A obra do terceiro piso, que apesar de não ser em nenhum momento questionado em reivindicações dos alunos foi colocada em funcionamento. A licitação, que antes da GREVE não tinha sido citada, foi finalizada e a construtora contratada deu início às obras. Porém, trabalharam apenas dois dias e paralisaram novamente. Segundo informações as obras estariam paradas por falta de mão-de-obra. Portanto, nós estudantes da UFSJ Divinópolis convocamos todos os pedreiros e construtores para virem trabalhar no campus, precisa-se de muita gente e URGENTEMENTE.
A planta do próximo prédio não existia, falava-se em talvez dois novos prédios (palavras da vice-diretora do campus). Com a deflagração da GREVE, a planta do segundo prédio apareceu, mas somente como um orçamento. Segundo informações a licitação para sua construção sairá no início de dezembro.
Como a vice-diretora havia dito sobre um terceiro prédio, há alguns dias foi mostrado o esboço do que será a obra do terceiro prédio no campus.
Neste segundo prédio estão previstos 12 salas de aula e 6 laboratórios, entre eles o de anatomia que ainda não existe. No terceiro prédio será construída uma "ampla biblioteca e um moderno anfiteatro".
Sobre os currículos, foi contratada uma Profª da UFMG, Janete Ricas, de extrema competência em elaboração de projetos pedagógicos, para auxiliar na construção dos novos currículos de Medicina e Enfermagem. E neste momento eles estão sendo discutidos e logo estarão em pauta na reunião do CONEP (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), responsável pela aprovações curriculares.
Portanto, vemos que com pressão política as coisas aparecem, não se tinha nada e de repente quase tudo que pedimos aparece.
Agora esperamos que a executiva da universidade venha até aos alunos esclarecer as soluções que estão sendo providenciadas e nos prove, com papéis assinados e se comprometendo a cumprir tudo que for negociado. Desde o começo do semestre muita coisa foi prometida aos alunos e infelizmente muita coisa não foi cumprida, portanto não estamos dispostos a apenas ouvir e acreditar nas palavras. Só negociaremos nosso retorno quando todas nossas reivindicações estiverem escritas e assinadas pela reitoria.


"Estudante que ousa lutar....constrói o poder popular!!!"

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Repasses de Brasília

No dia 11 de novembro de 2008 os alunos de Enfermagem e Medicina, juntamente com mais de 2,5 mil pessoas, participaram de um Ato Público em Defesa da Liberdade de Organização e Autonomia Sindical, e pela regularização imediata do registro sindical do ANDES-SN (Sindicato Nacional de Docentes do Ensino Superior). O protesto, que começou às 9 horas, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP, e se deslocou até o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, coloriu a Esplanada com guarda-chuvas estampados, cartazes e faixas de protesto.
Após o ato do ANDES-SN, os grevistas convocaram todas as pessoas ali presentes para participarem de uma caminhada até a porta do Ministério da Educação - MEC. Um grande número de pessoas, principalmente estudantes de diversas entidades do país, participou da nossa movimentação, gritando e manifestando por um ensino público de qualidade e pelo não sucateamento do ensino superior com uma expansão desordenada.
Além do protesto, discentes de Enfermagem e Medicina, divididos em comissões, reuniram-se com representantes do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Saúde e do legislativo nacional. Em uma dessas reuniões, foi-se prometido um encontro entre Ministério da Educação, reitoria e alunos com data a ser agendada. Estamos aguardando...
No mesmo dia os grevistas retornaram à Divinópolis, porém deixando um representante de enfermagem e três de medicina para participarem de reuniões e congressos.
De acordo com leis federais, a abertura de um curso de medicina só é aprovado mediante parecer favorável do Conselho Nacional de Saúde. Porém, somente após seis meses de funcionamento do curso de medicina em Divinópolis, a abertura do mesmo foi colocada em pauta na 191ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, que se realizou nos dias 12 e 13 de novembro deste ano. Na reunião estiveram presentes a comissão de estudantes que permaneceu em Brasília e o magnífico reitor "Helvécio Rei Luiz", que inexplicavelmente, antes do início da reunião, solicitou aos conselheiros que fosse retirada de pauta a discussão sobre o parecer do curso de medicina da UFSJ. O seu pedido não foi acatado, todos os conselheiros se mostraram bastante insatisfeitos com a manifestação do reitor e após discussões sobre o assunto foi deliberado que se organizasse uma comissão especial para analisar (com possibilidade de averiguação in loco) e emitir um parecer mais detalhado acerca da situação do curso de medicina do Campus Dona Lindu.
Os representantes de medicina que permaneceram em Brasília participam a partir do dia 14 de novembro da ROEx/DENEM (Reunião dos Órgãos Executivos da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina). E o representante de enfermagem participa do CONEEnf (Congresso Nacional dos Estudantes de Enfermagem).

sábado, 8 de novembro de 2008

Eu vejo o futuro repetir o passado

"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro"


SEM salas... SEM professores.. SEM laboratórios e + 100 VAGAS?



"Aspiro que o brilho das estrelas destrua o que aliena
E desperte o que hiberna em todo ser humano
Por milênios e milênios

Que o meu grito ecoe pelos corredores vazios
de uma escola em ruínas
E seja ouvido cada vez mais alto nos morros,
nos sertões e nos planaltos

Que a vida não seja simplesmente a espera da morte..."
(Djambê do Cerrado - Oração à Vida)


LULA, CUIDE DA REPUTAÇÃO DO NOME DA SUA MÃE! O CAMPUS DONA LINDU É UMA VERGONHA NACIONAL!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Assembléia com Reitor e Vice Reitora


Hoje, 05 de Novembro de 2008, as 9h30 do dia, demos início a uma Assembléia Geral com o Reitor da UFSJ Helvécio Luiz Reis e a Vice Reitora Valéria Heloísa Kemp. Contamos ainda com a presença do Diretor do Campus Dona Lindu Eduardo Sérgio Silva e alguns professores do mesmo.
O Magnífico Reitor disse que poderia ficar até as 11h, uma vez que teria um compromisso. Sabíamos que o tempo de uma hora e meia seria insuficiente para expor todas as nossas reivindicações e escutar o que ele tinha a nos dizer.
Nossos porta-vozes deram início à assembléia citando todos os órgãos que nos apóiam e lendo algumas monções de apoio. Em seguida foi explicado o porquê da visita do Professor Sigisfredo Brenelli ao campus e o que ele nos falou, havendo inclusive a apresentação de um vídeo com as falas por ele ditas. Tal vídeo enfatizava que o vestibular deveria ser cancelado e que o nosso campus não havia sido autorizado.
Um trecho do Edital do Processo Seletivo 2009 que dizia que o vestibular poderia ser cancelado e que editais complementares poderiam ser a ele acrescentados.
Mais uma vez foi ressaltado que nosso movimento não é contra a expansão, simplesmente queremos que ela seja feita com qualidade.
As questões dos laboratórios, herbário, novo prédio, terceiro andar, currículo, corpo docente, projeto político pedagógico e estágio foram questionadas. Todavia o tempo foi pequeno e tivemos que passar a palavra ao Reitor.
Este por sua vez já deu inicio a sua fala dizendo que ouviu atentamente todas as nossas avaliações. Porém ele se manteve a maior parte do tempo de cabeça baixa e em um momento que nos o questionamos ele nos surpreendeu com uma expressão de desatenção e disse “Acabou?”. Alem disso, ousou dizer que nossas avaliações, na sua maioria, são equivocadas, e as outras até possuem algum suporte.
Disse não compreender o porquê da visita do Brenelli, uma vez que o Reitor prima pela Autonomia da Universidade e não admite que órgãos externos interfiram na universidade. Disse que não sabe que acesso outra pessoa pode ter que o próprio Reitor não tenha.
Leu vários documentos, sendo que nos não temos acesso a vários deles. E esses mesmos nunca nos foram mostrados. Em algumas falas o Reitor de contradizia e os próprios documentos se contradiziam também.
Falou também que nos estamos nos preocupando com coisas que não cabe nem a nós e nem a ele. E que era “cada macaco no seu galho”.
Enfim, as falas do Reitor não mudaram em nada o que o nosso movimento reivindica.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Informativo da GREVE!!!


Os alunos da UFSJ que se encontram em greve estudantil desde o dia 29 de outubro de 2008 reivindicam aquilo que é mínimo para a ABERTURA de um curso. Neste informativo está claro que os cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina pedem algo que deveria ser obrigatório antes da liberação do MEC.
• De acordo com a Portaria nº 147, de 2 de fevereiro de 2007, temos:
Art. 2º Os pedidos de autorização de cursos de graduação em medicina que careçam de parecer favorável do Conselho Nacional de Saúde deverão ser instruídos com elementos específicos de avaliação, nos termos do art. 29 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, indicados em diligência da Secretaria de Educação Superior (SESu), com base no art. 31, § 1º, do Decreto nº 5.773, de 2006, que possam subsidiar a decisão administrativa em relação aos seguintes aspectos:
I — demonstração da relevância social, com base na demanda social e sua relação com a ampliação do acesso à educação superior, observados parâmetros de qualidade; (Apesar de Divinópolis se encaixar nessa demanda, esse levantamento não foi feito da maneira adequada).
II — demonstração da integração do curso com a gestão local e regional do Sistema Único de Saúde (SUS); (Infelizmente a universidade e a SEMUSA ainda não efetivaram a chamada Rede-Escola, que possibilita uma integração entre a comunidade, via PSFs, Hospitais, Pronto Socorro, e a instituição UFSJ).
III — comprovação da disponibilidade de hospital de ensino, próprio ou conveniado, por período mínimo de dez anos, com maioria de atendimentos pelo SUS; (Ainda não foi firmado nenhum convênio com algum hospital ou formalizado uma disponibilidade de verbas públicas para a construção de outro hospital em Divinópolis, para que a universidade coloque os alunos de Medicina e Enfermagem para seus períodos de internato).
IV — indicação da existência de um núcleo docente estruturante, responsável pela formulação do projeto pedagógico do curso, sua implementação e desenvolvimento, composto por professores:
a) com titulação em nível de pós-graduação stricto sensu;
b) contratados em regime de trabalho que assegure preferencialmente dedicação plena ao curso; e
c) com experiência docente.
(Nosso corpo docente é pequeno e formado por 2 efetivos e 5 substitutos; e além disso, não foram eles que elaboraram a proposta curricular. Portanto o projeto pedagógico não se baseia na realidade de Divinópolis, ele foi adquirido PRONTO da Universidade Federal de São Carlos e essas duas cidades não são nenhum um pouco parecidas em seus aspectos sócio-econômicos; de todos os professores aqui instalados, em Medicina apenas um está sob dedicação exclusiva; os professores em sua maioria não tem experiência como docentes, mas deixamos claro que são ótimos professores portanto, para maiores informações sobre essa avaliação para autorização de abertura dos cursos de medicina, dêem uma olhada no link abaixo e tirem suas conclusões:
http://www.inep.gov.br/download/superior/condicoesdeensino/Medicina_autorizacao.pdf

- De acordo com a RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 4, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001:
Art. 8º O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Medicina deverá contemplar atividades complementares e as Instituições de Ensino Superior deverão criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, mediante estudos e práticas independentes, presenciais e/ou à distância, a saber: monitorias e estágios; programas de iniciação científica; programas de extensão; estudos complementares e cursos realizados em outras áreas afins. (No campus de Divinópolis não existe nenhum projeto de iniciação científica para os cursos de Medicina e Enfermagem, nem de extensão e muito menos de estudos complementares).
Art. 9º O Curso de Graduação em Medicina deve ter um projeto pedagógico, construído coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem. Este projeto pedagógico deverá buscar a formação integral e adequada do estudante por meio de uma articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência. (Já disse que o nosso projeto pedagógico foi adquirido pronto, portanto ele não foi elaborado com o intuito de ajudar a cidade, pelo contrario ela pode até prejudicar, pois não prevê nada para a assistência à comunidade).
Art. 10. As Diretrizes Curriculares e o Projeto Pedagógico devem orientar o Currículo do Curso de Graduação em Medicina para um perfil acadêmico e profissional do egresso. Este currículo deverá contribuir, também, para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural.

De acordo com SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR – SINAES, de 14 de março de 2008, que trata e define a autorização de abertura dos cursos de graduação no Brasil. O curso de Medicina possui um instrumento de avaliação próprio de avaliação e os demais cursos apresenta um instrumento para cursos de bacharelado e licenciatura, porém todos definem praticamente as mesmas diretrizes. Os pilares que sustentam esses instrumentos são os mesmos para todos os cursos: organização didático-pedagógica, corpo docente e instalações físicas.
O referido instrumento para avaliação dos cursos de graduação (bacharelado ou licenciatura) define assim seus objetivos: “O presente instrumento destina-se à avaliação das condições iniciais necessárias para a autorização dos Cursos de graduação em Medicina, Direito, Bacharelados e Licenciaturas, cujo resultado servirá de referencial básico para decisão das instâncias regulatórias. Foi elaborado pela Secretaria de Educação Superior e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira de acordo com as Diretrizes Curriculares nacionais estabelecidas considerando a política de expansão específica do Ministério da Educação e as contribuições apresentadas pelo Ministério da Saúde e por especialistas de ensino de Medicina.”
Após uma análise superficial e leiga sobre as necessidades mínimas para se autorizarem os cursos presentes no campus Centro-Oeste Dona Lindu da Universidade Federal de São João Del Rei pode-se concluir que a realidade da instituição não condiz adequadamente com o instrumento referido acima. Portanto, essa avaliação não foi devidamente realizada e hoje a realidade dos cursos mostra que isso dificultou muito o andamento ideal das atividades. O resultado foi uma mobilização dos estudantes para tentar mudar a situação precária instaurada e, em Assembléia Geral Extraordinária, realizada no dia vinte e quatro de outubro de dois mil e oito, os discentes presentes decidiram paralisar suas atividades estudantis, ou seja, entrar em GREVE, até que nossas reivindicações sejam atendidas. É importante salientar que não somos contra a universalização do acesso ao ensino superior, ou seja, nosso manifesto busca reivindicar condições dignas que proporcionem uma graduação qualificada para todos.
Por fim, gostaríamos de agradecer a toda população da cidade de Divinópolis, a qual nos recebeu de braços abertos e que, sem dúvida, deposita nesses discentes toda uma esperança de um dia transformar essa macro região em uma das maiores referências em saúde do país. Portanto, nossa intenção não é impedir a entrada de novos alunos na instituição, mesmo parecendo discurso político, a idéia de todos os discentes do campus é não deixar que os novos alunos passem pela mesma experiência traumática que estamos passando. Queremos que os próximos aprovados tenham condições dignas de ensino, direito de todos neste país.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Documento duvidoso!!?


Ontem fomos à Câmara onde nos foi entregue um documento como resposta às nossas reivindicações, o qual foi analisado, juntamente com membros do DCE de São João Del Rei. Após a leitura de tal documento, ficou constatado que este era apenas uma estratégia para tentar uma resolução imediata, porém, além de não contemplar soluções para todas as pautas de reivindicações, dava soluções vagas e imprecisas aos tópicos abordados. Mandamos um ofício ao reitor Helvécio solicitando sua presença em caráter de urgência.
Desde já, agradecemos o apoio do DA de medicina da UFU, DCE da UFU, curso de psicologia da UFSJ, DCE da UFJF e DCE da Unifesp.

http://br.youtube.com/watch?v=nvsqm6ikHLc

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Manifesto Unificado

Manifesto unificado da UFSJ Campus Centro-oeste Dona Lindu

Diante das incertezas de uma formação acadêmica condizente com as exigências do mercado profissional e, principalmente, devido à possibilidade de não nos tornarmos aptos a contribuir com a melhoria da saúde do país, os discentes dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina da Universidade Federal de São João Del Rei - campus centro-oeste Dona Lindu comunicam que todas as atividades estudantis estão paralisadas desde a zero hora do dia trinta e um de outubro de dois mil e oito. Infelizmente, fomos obrigados a tomar essa atitude drástica, visto que as diretrizes mínimas para a abertura e funcionamento de tais cursos não estão sendo cumpridas.

Mesmo enfrentando extremas dificuldades ao longo do primeiro semestre, acreditávamos que, por sermos as primeiras turmas de um novo campus, os graves problemas enfrentados seriam solucionados em um período curto de tempo. No entanto, a continuidade das precárias condições de infra-estrutura, a presença de um corpo docente extremamente reduzido e, sobretudo para os cursos de Enfermagem e Medicina, a tentativa de implementação de um currículo que não só desconsidera as limitações físicas e técnicas da região, mas que também ignora a ausência de uma rede-escola consolidada evidenciam que tal expectativa não se concretizará imediatamente. Além disso, as falsas promessas da reitoria para equacionar todas essas dificuldades e a duplicação do número de vagas para os próximos vestibulares (sem antes resolver os entraves que limitam um aprendizado de excelência) retratam a forma negligente de como o ensino superior é abordado no Brasil. Com essa atitude, fica evidente que tal expansão universitária não leva em consideração a qualidade do ensino. Assim, não é difícil concluir que esse ato irresponsável, brevemente, conduzirá as universidades federais ao total sucateamento. Por todos esses fatores e após inúmeras tentativas de acordo, não nos restou alternativa a não ser recorrer a um dos direitos mais democráticos da nossa constituição: a Greve. É importante salientar que não somos contra a universalização do acesso ao ensino superior, ou seja, nosso manifesto busca reivindicar condições dignas que proporcionem uma graduação qualificada para todos.

Temos convicção que a executiva da Universidade Federal de São João Del Rei reconhecerá o equívoco de suas atitudes e, rapidamente, disponibilizará os recursos e requisitos mínimos determinados pelo ministério da educação e cultura para o pleno funcionamento das escolas de Enfermagem e de Medicina. Deve-se acrescentar que tal greve se deu em função de uma falta de diálogo efetivo entre as partes envolvidas.

Por se tratar de um ato extremo e de enorme desgaste para todos os lados, devemos trabalhar incessantemente para que esse tipo de medida não se faça necessária novamente. É importante enfatizar que todas as manifestações realizadas, pelos estudantes, em prol de uma educação digna são totalmente pacíficas e dentro das leis que regem a constituição desse país. Os poucos que tentam desqualificar a nossa causa podem estar certos que as acusações evasivas e falsas orquestradas contra nós não dispersarão tal movimento e, muito menos, influenciará o esclarecido povo de Divinópolis, o qual sabe que a educação é um direito de todos e um dever do Estado.

Por fim, gostaríamos de agradecer a toda população da cidade de Divinópolis, a qual nos recebeu de braços abertos e que, sem dúvida, deposita nesses discentes toda uma esperança de um dia transformar essa macro região em uma das maiores referências em saúde do país.

Obrigado a todos aqueles que confiam e acreditam em nossa causa.

Elaborado pelos Discentes da UFSJ Campus Centro-oeste Dona Lindu.

Divinópolis, 3 de Novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Apoios!!!


Ao longo da semana recebemos muitos apoios ao nosso movimento. O DCE da UFMG, UFV, UFU, UFSJ campus de São João Del Rei, UFSJ campus Alto Paraopeba, UFRJ, UFG, UnB, UFPI, UFRGS, UFVJM, DAMAR (DA de Enfermagem da UFMG), DATEM (DA de Enfermagem da PUC-Betim), DAICB (DA do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG), DA Martin Cyprien (Funedi/UEMG), DA de Medicina da UFU, ABEEF (Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal), DAIGC (Instituto de Geociências da UFMG), DA de Engenharia da UFMG, DATO (DA da Terapia Ocupacional da UFMG), FEAB, ABEENF, ENEBIO, ExNEEF, Conselho Municipal de Saúde de Divinópolis, Brenelli (Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - Ministério da Saúde).
Na visita de Brenelli nessa quinta-feira ele afirmou que o campus realmente não comportaria mais alunos agora, sendo a favor do cancelamento do vestibular 2009, e que esse campus realmente NÃO poderia ter sido aberto.
Pessoas que sabem realmente qual é a nossa causa, o porque de nossa Luta, não pensa duas vezes se deve ou não aderir. Por um ensino de Qualidade sim vamos lutar. Pelo não sucateamento de Universidades Federais. Para que o meu dinheiro e o seu dinheiro seja bem investido e não seja destinado mais a máscaras para iludir a população. Não somos contra a universalização para todos, acho que já deixamos isso claro, só queremos que seja uma coisa bem feita. O campus Divinópolis deveria sim ser aberto, mas não na data que foi. Talvez um ou dois anos para frente, só assim seria algo planejado, bem feito, visando um bom ensino. O que tivemos foi uma jogada política, não poderíamos esperar outra coisa de uma universidade aberta em ano político? Bem, aqui sim o jornalista poderia nos chamar de imaturos.
Essa foto colocada no dia de hoje é do nosso terceiro andar que foi prometido estar pronto em agosto, quando voltássemos de férias. Agora a nova promessa é de que esteja pronto no final do ano. Vamos ver, aliás já pagamos caro para ver.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ameaçar para que? Queremos todos resolver!


Ontem na Assembléia Geral foram criadas diversas comissões para que todos estivessem sempre igualmente integrados ao movimento. Assim cada comissão hoje, dia 31 de outubro, teve tempo para organizar e planejar suas estratégias. Em seguida, vimos um vídeo com fotos deste ano mostrando a nossa história,o qual foi encaminhado ao MEC através do Brenelli.
Tivemos a presença de representantes de DCE da UFMG, por uma aluna de farmácia, do DCE da UFSJ campus São João Del Rei, por três alunos de Psicologia. Todos elogiaram muito a nossa organização e postura sempre baseados em leis e direitos. Deixaram a opinião de que nossas reivindicações referem-se ao básico, ao mais simples, ao mínimo que se deve ter para uma universidade funcionar, assim como disse Sigisfredo Brenelli. Entretanto, alguns professores do campus Divinópolis não se mostram a favor e continuaram com pressões sem fundamento e ameaças antiéticas, inclusive com ameaças de agressão física. E aqui devemos lembrar que nosso movimento é completamente pacífico, não sendo necessário tal ato.
Em busca de maior embasamento contra ameaças dos docentes, em relação à freqüências e reposição de aulas, procuramos advogados. Como imaginávamos, eles disseram que as ameaças externas são infunddas e ainda nos conduziu a outros órgãos que poderiam resolver nosso problema, como o Ministério Público.
A executiva da UFSJ parece ter usado uma das alunas de São João Del Rei para nos passar algumas informações. Como se precisasse disso. Estamos das 8 horas até depois das 19 horas todos os dias a partir do ínicio da greve reunidos na universidade. Com postura como essa, parece que nos tornamos de difícil acesso, o que não é verdade.
Para finalizar, gostaria de parabenizar o Jornal Magazine pela matéria publicada hoje. Até então parece ter sido o único jornal a contar na integra o motivo da greve e a postura dos dois lados, sendo assim imparcial e não se atrelando a questões políticas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mais um dia de Luta!!

Hoje, dia 30 de outubro de 2008, pela manhã, nos reunimos no Campus Dona Lindu com o objetivo de conversar melhor com os alunos dos cursos de bioquímica e farmácia. Essa conversa surgiu da necessidade de esclarecer algumas dúvidas com relação ao nosso movimento, tentando assim a adesão dos mesmos a nossa Luta. Após tal diálogo os cursos de bioquímica e farmácia constataram que essa causa é comum aos quatro cursos e não só a medicina e enfermagem. Agora todo o campus Centro- Oeste Dona Lindu encontra-se em GREVE!!

Recebemos a visita do professor Sigisfredo Luís Brenelli, que atualmente é Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Ministério da Saúde). Em reunião com os alunos, Brenelli nos contou um pouco de suas tarefas dentro do Ministério da Saúde e depois de sua fala começamos a contar a nossa realidade, que segundo ele será repassada, através de um relatório, para o MEC. Durante a conversa ele se mostrou interessado em nos ajudar no que for possível,inclusive apoiou a nossa indignação com a aumento do número de vagas do vestibular 2009. Disse também que o nosso movimento não deve perder força e deve chegar diretamente ao MEC, pois estamos lutando por coisas relativamente básicas que já deveriam ter sido providenciadas antes mesmo da nossa chegada ao campus. Brenelli concordou que foi uma irresponsabilidade a abertura dos cursos da forma que foi, sem a mínima estrutura, e enfatizou que para tentar amenizar tal fato devemos nos unir para ajudar no desenvolvimento da nossa formação.

Na parte da tarde, às 14h alguns alunos foram à Câmara Municipal participar da tribuna livre da reunião dos vereadores da cidade. Nos 15 minutos de fala que nos foram concedidos, explicamos o porque do nosso movimento, enfatizando a nossa revolta com relação ao grande número de promessas não cumpridas, que fazem do nosso campus um foco de marketing político e nada mais. Recebemos apoio de toda a câmara de vereadores e foi criada uma comissão composta por quatro membros da mesma, que terá como missão acompanhar mais de perto as nossas necessidades, visando contribuir com o que for preciso e possível. Agradecemos o apoio recebido e encontramo-nos ansiosos para ver palavras se transformarem em ações!

Ao final da tarde, reunimos em assembléia para avaliar nossas ações e planejarmos os próximos passos rumo à conquista de um ensino de qualidade.

NOTA: Ontem às 18 horas, um grupo de alunos participou da reunião do Conselho Municipal de Saúde, onde explicaram as causas do movimento e divulgaram a carta manifesto. O Conselho prontamente manifestou-se a nosso favor, dando-nos garantia do seu auxílio, que será formalizado através de uma monção de apoio.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Início da Greve!


Hoje, dia 29 de outubro de 2008, iniciamos o nosso movimento de protesto e começamos a mostrar à população de Divinópolis que nossa realidade é bastante diferente daquela que é divulgada pela cidade. Todos inicialmente estranharam nossa manifestação ficando surpresos quando souberam um pouco mais da nossa universidade, uma vez que eles estavam sendo iludidos assim como nós. Vale ressaltar que tal medida se deu devido aos diálogos com a direção e reitoria que não foram efetivos. Conversa não faltou, mas infelizmente seguido a elas só ficaram mesmo as promessas e não as ações.

Alguns julgam nosso movimento tardio, o que não deixa de ser verdade. Mas vale aqui lembrar que somos calouros e tivemos desde o primeiro dia que ter postura e responsabilidade de veteranos, ouvindo como resposta às nossas queixas que tudo não passava da ansiedade de iniciantes. Essa nossa condição como calouros nos fez dar um passo de cada vez, fazendo-nos enxergar gradativamente a magnitude dos nossos reais problemas e adquirir mais consciência de nossos direitos. Adotamos assim uma postura integrada das turmas, o que contribuiu para hoje realizarmos um movimento forte e coeso.

Reunimos pela manhã na UFSJ Campus de Divinópolis vestidos de preto como símbolo de protesto, espalhamos faixas pela cidade e seguramos outras dando início a nossa greve. Para comunicar oficialmente à diretoria sobre o nosso movimento, foi entregue à vice-diretora do campus a carta manifesto e a pauta de reivindicações, ressaltando que tal fato ocorreu após uma momentânea recusa da mesma a conversar conosco. Depois de algum tempo nos reunimos com ela e escutamos respostas semelhantes àquelas que tivemos da direção e reitoria desde o primeiro dia de aula. Neste momento um aluno do curso de biologia da UFMG representante do DCE comunicou o apoio de universidades do Brasil inteiro à nossa causa e enfatizou que o que acabara de escutar era uma estratégia política comum pelo Brasil, que é o aparecimento de prazos mínimos e inatingíveis para solucionaram as reivindicações quando ocorrem manifestações de tal dimensão.

Não esperávamos atitude diferente da diretoria, então continuamos nossos planos com uma passeata pela centro da cidade. Vestidos de jaleco, nariz de palhaço, com apitos e gritando frases de manifestação promovemos um movimento pacífico, que era o nosso objetivo.